quarta-feira, 28 de abril de 2010

Homo

"Trata-se de um ser de uma afetividade imensa e instável, que sorri, ri, chora, um ser ansioso e angustiado, um ser gozador, embriagado, estático, violento, furioso, amante, um ser invadido pelo imaginário, um ser que conhece a morte e não pode acreditar nela, um ser que segrega o mito e a magia, um ser possuido pelos espíritos e pelos deuses, um ser que se alimenta de ilusões e quimeras, um ser subjetivo cujas relações com o mundo objetivo são sempre incertas, um ser submetido ao erro, ao devaneio, um ser híbrido que produz a desordem. E como chamamos loucura à conjunção da ilusão, do descometimento, da instabilidade, da incerteza entre real e imaginário, da confusão entre subjetivo e objetivo, do erro, da desordem, somos obrigados a ver o Homo sapiens como Homo demens."


Edgard Morin

2 comentários:

  1. é foda! se enquadrar não resolve pq não responde tdo o que se quer saber, deixar despirocar tbm não pq tem a responsa que cobra pra no final enquadrar! então resta o que? a farsa? a pantomima? o submundo em nós mesmos?

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