"Não sou pra todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias."
Caio Fernando Abreu
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
"O amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, o amor não é jactancioso, não se envelhece; não faz nada indecoroso, não busca seu próprio interesse, não se irrita, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
(1 Corint. 13:4,5,6-7)
(1 Corint. 13:4,5,6-7)
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Ela
"Ei, irmã...
deixa esse cabelo pro alto, irmã
deixa esse fios enrolarem, e escaparem,
do ferro, da grade, do padrão, da modelagem,
deixa... os ventos levarem, e armarem, e amarem,
sua tranças, cachos e dreads, eriçarem.
Sua, originalidade, sua verdade, sua alma de
rainha, sua habilidade de dizer ao sol, que
o teu calor ja te aquece, e sua pele agradece,
o brilho que recebeu pelos raios seus.
E deixa a chuva, cair sem culpa, e esculpir,
E deixa a lua, com seu sereno, encarregar-se de,
mostrar que tu é a lindeza da terra,
mulher da natureza, tu é quem governa,
quem reluz a luz do dia e da noite,
pura beleza.
Liberte-se desse ritual cotidiano,
irma, a beleza que seu sangue carrega
não combina, com a opressão de suas raizes,
veja você, quem disse que assim que é
pra ser, o que já fez, que crédito tem?
Só mal que veio oferecer.
Só mal que veio oferecer....
Sua, originalidade, sua verdade, sua alma de
rainha, está contida em seu ser e se expressa,
pelas formas de suas mechas,
então liberte-as, deixe-as livres,deixe-as crescer.
Não deixe o mal inibir o que é seu.
Não deixe o mal retirar o que é seu...
Deixa enrolar, deixa enrolar,
deixa crescer... ser você...
ser você..."
Ela
(Bia Daflô)
deixa esse cabelo pro alto, irmã
deixa esse fios enrolarem, e escaparem,
do ferro, da grade, do padrão, da modelagem,
deixa... os ventos levarem, e armarem, e amarem,
sua tranças, cachos e dreads, eriçarem.
Sua, originalidade, sua verdade, sua alma de
rainha, sua habilidade de dizer ao sol, que
o teu calor ja te aquece, e sua pele agradece,
o brilho que recebeu pelos raios seus.
E deixa a chuva, cair sem culpa, e esculpir,
E deixa a lua, com seu sereno, encarregar-se de,
mostrar que tu é a lindeza da terra,
mulher da natureza, tu é quem governa,
quem reluz a luz do dia e da noite,
pura beleza.
Liberte-se desse ritual cotidiano,
irma, a beleza que seu sangue carrega
não combina, com a opressão de suas raizes,
veja você, quem disse que assim que é
pra ser, o que já fez, que crédito tem?
Só mal que veio oferecer.
Só mal que veio oferecer....
Sua, originalidade, sua verdade, sua alma de
rainha, está contida em seu ser e se expressa,
pelas formas de suas mechas,
então liberte-as, deixe-as livres,deixe-as crescer.
Não deixe o mal inibir o que é seu.
Não deixe o mal retirar o que é seu...
Deixa enrolar, deixa enrolar,
deixa crescer... ser você...
ser você..."
Ela
(Bia Daflô)
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
- aos que ousam Andar Com Fé -
Andar com fé
é saber que cada dia é um recomeço,
é ter certeza que os milagres acontecem
e que os sonhos podem se realizar.
Andar com fé
é saber que temos asas invisíveis,
é fazer pedidos a estrelas cadentes
e abrir as mãos para o céu.
Andar com fé
é olhar sem temor
as portas do desconhecido,
ter a inocência dos olhos da criança,
a lealdade do cão,
a beleza da mão estendida
para dar e receber.
Andar com fé
é usar a força e a coragem
que habitam dentro de nós
quando tudo parece acabado.
Andar com fé
é saber que temos tudo a nosso favor,
é compartilhar as bênçãos multiplicadas,
é saber que sempre seremos surpreendidos
com presentes do Universo,
é a certeza que o melhor sempre acontece
e que tudo aquilo que almejamos
está totalmente ao nosso alcance.
Basta só Andar com Fé !
Silvia Schmidt Humancat
é saber que cada dia é um recomeço,
é ter certeza que os milagres acontecem
e que os sonhos podem se realizar.
Andar com fé
é saber que temos asas invisíveis,
é fazer pedidos a estrelas cadentes
e abrir as mãos para o céu.
Andar com fé
é olhar sem temor
as portas do desconhecido,
ter a inocência dos olhos da criança,
a lealdade do cão,
a beleza da mão estendida
para dar e receber.
Andar com fé
é usar a força e a coragem
que habitam dentro de nós
quando tudo parece acabado.
Andar com fé
é saber que temos tudo a nosso favor,
é compartilhar as bênçãos multiplicadas,
é saber que sempre seremos surpreendidos
com presentes do Universo,
é a certeza que o melhor sempre acontece
e que tudo aquilo que almejamos
está totalmente ao nosso alcance.
Basta só Andar com Fé !
Silvia Schmidt Humancat
domingo, 21 de novembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Livro do desassossego
"É humano querer o que nos é preciso, e é humano desejar o que não nos é preciso, mas é para nós desejável. O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que é desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é esse: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter".
Fernando Pessoa
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
“É de se crer que as paixões ditaram os primeiros gestos e arrancaram as primeiras vozes... Não se começou raciocinando, mas sim sentindo. Para comover um jovem coração, para responder a um agressor injusto, a natureza dita acentos, gritos, lamentos. Eis aqui as palavras mais antigas inventadas, e eis aqui por que as primeiras línguas foram melodiosas e apaixonadas antes mesmo de serem simples e metódicas... Eis aqui como o sentido figurado nasce antes do literal, quando a paixão fascina os nossos olhos, e a primeira noção que nos oferece não é a da verdade”.
Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
"Algumas coisas ferem demasiado. Um simples virar de rosto. A conversa interrompida sem nenhum gesto brusco. O silêncio que se instaura torrencial como uma tempestade de verão. A notícia de alguém querido que partiu. Tudo o que deixa o coração destronado. A saliva que não se consegue engolir. Nesses momentos, tenho a impressão que o grande abismo da existência nos abocanha com a força de mil locomotivas. É como invadir a ordem estabelecida de uma casa, minar os seus alicerces. Todo ser humano já deve ter sentido isso alguma vez. A insustentável sensação de deslocamento".
José de Assis Freitas Filho
José de Assis Freitas Filho
domingo, 22 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
A legião estrangeira
"Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais".
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Medo de se apaixonar
"Você tem medo de se apaixonar e não prever o que poderá sumir, o que poderá desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja pilantra, incerta do que realmente quer - talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue".
(do livro O amor esquece de começar, Carpinejar
(do livro O amor esquece de começar, Carpinejar
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
"O tempo, o tempo, esse algoz às vezes suave, às vezes terrível demônio, absoluto, conferindo qualidade à todas as coisas. É ele ainda hoje e sempre quem decide. E por isso que me curvo cheio de medo, e erguido em suspense me perguntando qual o momento, qual o momento preciso da transposição? Que instante, que instante terrível é esse que marca o salto, que massa de vento, que fundo de espaço concorre para levar ao limite, o limite em que as coisas já desprovidas de vibração deixam de ser simplesmente vida na corrente do dia a dia, para ser vida dos subterrâneos da memória".
Raduan Nassar
Raduan Nassar
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Solidão não é prejudicial a saúde
"Há uma necessidade cultural de chamar para se divertir um filho que lê um livro no quarto. Será que aquilo também não é diversão? Escutei muito: "Vá brincar lá fora, tem sol". Dentro não pode ter sol?Duvido, sim, dos que não ficam um pouco em si, mergulhados, imersos, centrados, costurando as palavras com os cílios da agulha, tramando uma figura no pano de prato, uma figura que nunca terá legenda. Os pensamentos conversam quando paramos de ouví-los".
(do livro O amor esquece de começar, Carpinejar)
(do livro O amor esquece de começar, Carpinejar)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
"O tempo, o tempo e suas águas inflamáveis. Esse rio largo que não cansa de correr, lento e sinuoso, ai daquele, dizia o pai, que tenta deter com as mãos o seu movimento, será consumido por suas águas. Ai daquele, aprendiz ou feiticeiro, que abre sua camisa para o confronto, há de sucumbir nas suas chamas. O tempo e suas mudanças, presente em cada sítio, em cada palmo, em cada grão, e presente também em cada instante, em cada letra dessa minha história passional, transformando a noite escura do meu retorno numa manhã cheia de luz".
Raduan Nassar
Raduan Nassar
domingo, 15 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
"Passo o tempo todo pensando - não raciocinando, não meditando - mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, não sei o quê, mas aprendendo. E com a alma mais sossegada (não estou totalmente certa). Sempre quis "jogar alto", mas parece que estou aprendendo que o jogo alto está numa vida diária pequena, em que uma pessoa se arrisca muito mais profundamente, com ameaças maiores. (...) Disso tudo, restam nervos muito sensíveis e uma predisposição séria para ficar calada".
Clarice Lispector
Clarice Lispector
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O TODO NADA MAIS É DO QUE A PARTE ACRESCIDA DE OUTRAS PARTES E SE QUERES ENTENDER O TODO DEVE-SE ENTÃO PROCURAR A ESSÊNCIA DA PARTE.EM ÚLTIMA INSTÂNCIA SE SE QUER CONHECER O MUNDO HUMANO A SOCIEDADE E QUAIQUER OUTRAS CRIAÇÕES OU RECRIAÇÕES ENGENDRADAS PELOS HOMENS, DEVO CONHECÊ-LOS EM ESSÊNCIA E A ESSÊNCIA ESTÁ NA PARTE QUE AO SER CONJUGADA ESCONDE O REAL E SE TRANSVESTE DE IDEAL." A RAIZ DO HOMEM É O PRÓPRIO HOMEM".
Valdir Jr. (vulgo: Monge)
Valdir Jr. (vulgo: Monge)
terça-feira, 10 de agosto de 2010
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Fica comigo esta noite.
"Respondeste que a verdade é que estás apaixonada por mim e que eu gosto de ir para a cama contigo e ponto final. E me perguntaste se me parecia bem magoar alguém por causa de uma verdade tão pindérica, ou se eu queria ser teu namorado. Não, não quero ser namorado de ninguém. A vida já não pode ser clandestina, que o seja ao menos o amor".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
domingo, 8 de agosto de 2010
Nas tuas mãos
"(...) nos esgares de uma saudade às vezes insultosa, porque a ausência é um lugar de destroços".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
sábado, 7 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
A eternidade e o desejo
"Era-me fácil cativar as mulheres. Estudei para isso; ser professor é ser um cativador profissional. Neste meio vivemos de seduzirmos uns aos outros; às vezes acho que os livros, o conhecimento, são apenas pretextos que justificam o funcionamento desta máquina de sedução. Dizes que saber demasiado também atrapalha os sentimentos. Não passamos a vida a dizer que a literatura não se faz de bons sentimentos, Clara? O que é uma estupidez como outra qualquer. Há livros cheios de maus sentimentos que também não valem o esforço da leitura. Dizes que os sentimentos não são bons nem maus. Que é uma questão de circunstância. Dizes que as boas palavras é que parecem gastas - porque já não sabemos ouvi-las até o fim".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
"Uma coisa eu já adivinhava: era preciso tentar escrever sempre, não esperar um momento melhor porque este simplesmente não vinha. Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir".
Clarice Lispector
Clarice Lispector
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Salve sua vida
"Escuto a mim mesma exatamente como uma esposa traída de novela - e odeio isso. Mas não consigo refrear-me. Alguns demônios falam através de minha boca enquanto meu corpo olha como um espectador, pasmado, envergonhado".
Erica Jong
Erica Jong
terça-feira, 3 de agosto de 2010
"Melhor levar para o lado do riso do que para o stadenervos, certo? Aí vai, aos trancos, mas vai (...) Recito Fernando Pessoa - "Tudo vale a pena/ se a alma não é pequena", dez vezes ao dia, gasto toneladas de incenso, sacas de sal grosso. E vamos levando. Se ficar heavy metal demais, dou o fora".
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
"É preciso ser muito feliz para viver numa cidade pequena, pois ela alarga a felicidade como alarga também a infelicidade. De modo que vou morando mesmo aqui no Rio. Você sabe, nas cidades grandes todos sabem que em cada apartamento existe uma espécie de solidariedade, pois em cada apartamento mora uma pessoa infeliz".
Benjamin Moser
Benjamin Moser
quarta-feira, 28 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
domingo, 25 de julho de 2010
"Tua carta me fez muito bem. E muito mal. Compreendo tudo que você diz. São coisas que me digo, também. Mas há uma diferença entre você saber intelectualmente da inutilidade das procuras, da insaciabilidade - vixe, que palavra! - do corpo e conseguir passar isso para o seu comportamento - tornar ato o que é pensamento abstrato. Os caminhos são individuais/intransferíveis".
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
sábado, 24 de julho de 2010
“MEU CORPO É MINHA ALMA VISÍVEL; E MINHA ALMA É MEU CORPO INVISÍVEL. E QUEM PROCURA DISTINGUIR ENTRE ESSES DOIS ESTADOS, ESTARÁ TOTALMENTE ERRADO, POIS A FLOR E O PERFUME DA FLOR SÃO UMA COISA SÓ.TODOS OS LUGARES E TODAS AS ÉPOCAS SÃO ESTADOS ESPIRITUAIS. FECHE OS OLHOS, E VERÁ NAS PROFUNDEZAS DE SUAS PROFUNDEZAS, O MUNDO EM SUA TOTALIDADE MATERIAL E IMATERIAL, E VERÁ O FIM COMO SE FOSSE O COMEÇO E O COMEÇO COMO SE FOSSE O FIM."
G. KHALIL G.
G. KHALIL G.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Medo de voar
"Às vezes, punha-me desafiante e achava que tinha todos os direitos de me valer de qualquer prazer que me fosse oferecido na curta duração de minha vida na terra. Por que não devia ser feliz e hedonista? O que havia de mau nisso?".
Erica Jong
Erica Jong
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Nas tuas mãos
"Tornei-me uma especialista em homens impossíveis. E a minha filha Natália segue-me os passos, até porque os homens impossíveis crescem na proporção contrária às possibilidades do mundo. Ambas somos herdeiras de uma ausência que está para além do nosso controle ou da nossa compreensão".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Nas tuas mãos
"Desde que os psicólogos inventaram o luto, a vida ganhou outro ritmo, muita velocidade, mais ação. Vejo cada vez mais gente a dirigir-se sobriamente para o cinema no minuto seguinte ao do desmoronar dos sentimentos, bebendo doses de violência colorida, sessão após sessão, até que a dor se esfacele como o papel de uma pastilha elástica esquecida no bolso. Os que se demoram no luto para lá dos prazos previstos pelos tratados de saúde mentam tornam-se incômodos, cansativos como crianças, nunca se sabe o que se lhes há-de-dizer".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Nas tuas mãos
"Trago no meu sangue que é dela esta calada paixão pelos amores mortos, esta determinação de só depois entender o essencial, de amar as distâncias como única proximidade do céu. Apaixonei-me toda, desvairadamente, comecei a encher de fumo e lágrimas o meu antigo quarto de menina, por isso me sinto tão perto de si, dessa adolescência imóvel que é a sua, doença violenta e mansa, incurável ferida do sangue que se alimenta de uma música sépia a que, por discrição, damos o nome de dor".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
domingo, 18 de julho de 2010
Obsessão
"(...) sensação de que palpitava em meu corpo e em meu espírito uma vida mais profunda e mais intensa do que a que eu vivia."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sábado, 17 de julho de 2010
"Eu achei sim, uma nova amiga. Mas você sai perdendo. Sou uma pessoa insegura, indecisa, sem rumo na vida, sem leme para me guiar: na verdade não sei o que fazer comigo. Sou uma pessoa muito medrosa. Tenho problemas reais gravíssimos que depois lhe contarei. E outros problemas, esses de personalidade. Você me quer como amiga mesmo assim? Se quer, não me diga que eu não lhe avisei. Não tenho qualidades, só fragilidades. Mas às vezes (...) mas às vezes tenho esperança."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Nas tuas mãos
"Não tinha medo de se perder; sabia que esse é o preço da inquietação. Nem sequer tinha medo de ser mal-entendido".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
quarta-feira, 14 de julho de 2010
"Ela o amou até morrer", sua amiga Rosa Cass lembrava. Mesmo que o caso não tenha durado muito e que Paulinho tenha optado pela esposa e pela família, para Clarice não foi fácil aceitar. Dali a mais de uma década escreveu um conto... (...) Num tom mais lírico, Clarice podia estar pensando em Paulinho quando escreveu: "Às vezes no amor ilícito está toda a pureza do corpo e alma, não abençoado por um padre, mas abençoado pelo próprio amor".
(Sobre o relacionamento de Clarice Lispector com Paulo Mendes Campos. Clarice, de Benjamin Moser, p. 370)
(Sobre o relacionamento de Clarice Lispector com Paulo Mendes Campos. Clarice, de Benjamin Moser, p. 370)
terça-feira, 13 de julho de 2010
“Vivo com essa sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas nada disso é novidade. Antes dele, teve o outro, o outro que continua indo embora para sempre porque nunca foi embora pra sempre. Eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. Nada é eterno, não quero brincar de Deus."
"Dói mesmo, eu me apaixono mesmo, sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo, às vezes eu ferro as pessoas mesmo. Tudo é bom, tudo é vazio, tudo é bom de novo. Viver é um absurdo e não dá pra passar por isso tão ileso."
"E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado."
Tati Bernardi
"Dói mesmo, eu me apaixono mesmo, sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo, às vezes eu ferro as pessoas mesmo. Tudo é bom, tudo é vazio, tudo é bom de novo. Viver é um absurdo e não dá pra passar por isso tão ileso."
"E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado."
Tati Bernardi
segunda-feira, 12 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
Quilombelas
são elas as guerreiras mais belas
as que como zumbi
zombaram dos racistas
não tombaram nas brigas
nas guerras pelas terras
lidas aguerridas da vida
sim, são elas, as guerreiras mais belas
combativas altivas
querem direito a escolha e a escolas
sim, irmão, são elas as guerreiras mais belas
as que de forma sumária
cobram demarcação de áreas
as que a dizer têm mais
entoam cantigas ancestrais
sim, são elas as guerreiras mais belas
negras mulheres caras
combatentes raras
as mulheres quilombolas
que não esmorecem
negras são elas
as quilombelas
(enviado a mim por Nayane)
as que como zumbi
zombaram dos racistas
não tombaram nas brigas
nas guerras pelas terras
lidas aguerridas da vida
sim, são elas, as guerreiras mais belas
combativas altivas
querem direito a escolha e a escolas
sim, irmão, são elas as guerreiras mais belas
as que de forma sumária
cobram demarcação de áreas
as que a dizer têm mais
entoam cantigas ancestrais
sim, são elas as guerreiras mais belas
negras mulheres caras
combatentes raras
as mulheres quilombolas
que não esmorecem
negras são elas
as quilombelas
(enviado a mim por Nayane)
sexta-feira, 9 de julho de 2010
"Desassossegados amam com atropelo, cultivam fantasias irreais de amores sublimes, fartos e eternos, são sabidamente apressados, cheios de ânsias e desejos, amam muito mais do que necessitam e recebem menos amor do que planejavam.Desassossegados pensam acordados e dormindo, pensam falando e escutando, pensam antes de concordar e, quando discordam, pensam que pensam melhor, e pensam com clareza uns dias e com a mente turva em outros, e pensam tanto que pensam que descansam."
Martha Medeiros
Martha Medeiros
quinta-feira, 8 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Terapia do joelhaço
"Tá, e agora, o que eu faço com essa batata quente nas mãos, com essa revelação perturbadora?
Passo adiante, ora. Extra, extra, só existe o seu desejo. É o desejo que manda. Esse troço que você tem aí dentro da cachola, essa massa cinzenta, parecendo um quebra-cabeças, ela só lhe distrai daquilo que realmente interessa: o seu desejo. O rei, o soberano, o infalível, é ele, o desejo. Você pode silenciá-lo à força, pode até matá-lo, caso não tenha forças para enfrentá-lo, mas vai sobrar o quê de você? Vai restar sua carcaça, seu zumbi, seu avatar caminhando pelas ruas desertas de uma cidade qualquer. Você tem coragem de desprezar a essência do que faz você existir de fato?
É tão simples que nem seria preciso terapia. Ou nem seria preciso mais do que meia-dúzia de consultas. Mas quem disse que, sendo complicados como somos, o simples nos contenta? Por essas e outras, estamos todos enlouquecendo".
Martha Medeiros
Passo adiante, ora. Extra, extra, só existe o seu desejo. É o desejo que manda. Esse troço que você tem aí dentro da cachola, essa massa cinzenta, parecendo um quebra-cabeças, ela só lhe distrai daquilo que realmente interessa: o seu desejo. O rei, o soberano, o infalível, é ele, o desejo. Você pode silenciá-lo à força, pode até matá-lo, caso não tenha forças para enfrentá-lo, mas vai sobrar o quê de você? Vai restar sua carcaça, seu zumbi, seu avatar caminhando pelas ruas desertas de uma cidade qualquer. Você tem coragem de desprezar a essência do que faz você existir de fato?
É tão simples que nem seria preciso terapia. Ou nem seria preciso mais do que meia-dúzia de consultas. Mas quem disse que, sendo complicados como somos, o simples nos contenta? Por essas e outras, estamos todos enlouquecendo".
Martha Medeiros
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Entre tapas e beijos
"O que podemos lhe assegurar é que os seres humanos nem sempre realizam todas as suas fantasias sexuais. O que é frustrante, mas tem uma vantagem: nos mantermos sempre atentos e desejantes na esperança de conseguir".
Alberto Goldin
Alberto Goldin
domingo, 4 de julho de 2010
Sempre foi assim, desde pequena
"Desejava uma boneca e quando ganhava ficava contente por um tempo, logo desejava outra coisa. (...) O desejo satisfeito não lhe trazia sossego, sentia sempre estar faltando alguma coisa".
Sylvia Loeb
Sylvia Loeb
sexta-feira, 2 de julho de 2010
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Luísa - Quase uma história de amor
"Fico tentado a lhe dizer muitas coisas, todas elas inúteis, começando por lhe recomendar um analista. Ela se antecipa.
- Espero que você tenha o bom gosto de não me sugerir uma terapia.
- E eu espero que você tenha o bom gosto de não se suicidar.
Luísa ri. Ela só comete suicídio em pequenas doses cotidianas.
- Em algumas fases mais, outras menos. Comecei a me matar aos 17 anos e não parei até hoje".
Maria Adelaide Amaral
- Espero que você tenha o bom gosto de não me sugerir uma terapia.
- E eu espero que você tenha o bom gosto de não se suicidar.
Luísa ri. Ela só comete suicídio em pequenas doses cotidianas.
- Em algumas fases mais, outras menos. Comecei a me matar aos 17 anos e não parei até hoje".
Maria Adelaide Amaral
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Luísa - Quase uma história de amor
"Digo que nos refazemos rápido das derrotas. É uma longa prática e, afinal, devemos fazer o jogo da Pollyanna e repetir como todo mundo: "Foi uma lição".
Maria Adelaide Amaral
Maria Adelaide Amaral
terça-feira, 29 de junho de 2010
"Amigos não "são para essas coisas", não. Isso é um clichê detestável, significando quase sempre que amigo é saco de pancadas, é uma espécie de privada onde o outro pode jogar dejetos, detritos imundos e dar descarga. Amigos são para dividir o bem e o mal, mas também para deixarem as coisas sempre limpas entre eles - amigos devem ser solidários".
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Pára-Quedas & Beijos
"Não tinha certeza se o que estava ouvindo era honesto ou vigarice. Sua maldição era deixar-se levar por qualquer um que soubesse construir uma frase, ainda que florida e meio pedante - e aí não sabia direito se era maldição ou benção ser tão vulnerável".
Erica Jong
Erica Jong
domingo, 27 de junho de 2010
Medo de voar
"Sempre atribuí enorme valor às palavras, e com frequência cometi o erro de acreditar nas palavras muito mais do que nos atos. Meu coração(...)podem ser apanhados por uma frase brilhante, uma boa expressão, uma parelha de versos, um símile sensacional".
Erica Jong
Erica Jong
sábado, 26 de junho de 2010
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Crônica da casa assassina
"Havíamos atingido o ponto justo, e aquilo que existia dentro de mim, sem nome ainda, mas flutuando esparso como uma nuvem aos pedaços, concentrou-se de repente, adquiriu forma, nome, e eu estremeci, sem ousar encarar de frente aquela suspeita que se confirmava".
"Perdoe-me: não ferimos aqueles que nos são indiferentes, mas exatamentes os que, por um motivo ou outro, sacodem as fibras mais íntimas do nosso coração".
Lúcio Cardoso
"Perdoe-me: não ferimos aqueles que nos são indiferentes, mas exatamentes os que, por um motivo ou outro, sacodem as fibras mais íntimas do nosso coração".
Lúcio Cardoso
terça-feira, 22 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
"Não se aprende a amar, Camila; não há vontade democrática capaz de espalhar a paixão pelas bolsas de pobreza onde ela não chega, nem fábricas capazes de a produzir em peças, para montagem, construção ou exportação. Não há nada de justo neste sentido: a justiça, aliás, não passa de um espectáculo de ordenação do mundo, um circo que inventávamos para substituir a irracional lei do coração".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
domingo, 20 de junho de 2010
Nas tuas mãos
"Nunca me confrontei com as desilusões porque sou um ser solitário. Afasto-me das pessoas e observo-as de longe; nunca consigo vê-las de muito perto, sem enquadramento. Enfrentando a imperfeição aprendi a perdoar. Olho a raiz das acções, e concluo que também eu a podia ter cometido A pior delas".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
sábado, 19 de junho de 2010
Nas tuas mãos
"Costumavas dizer que ser amigo de alguém é ter a coragem de conhecer o melhor e o pior dessa pessoa, e guardar esse pior, por mais peso que tenha, no silêncio do nosso coração. Na realidade, nunca ouvi uma definição de amizade mais precisa e poética".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Nas tuas mãos
"Habituamo-nos a tratar os amores como electrodomésticos: quando se escangalham, vamos ao supermecado comprar um novo, igualzinho ao que o outro era. Consertar? Não compensa: o arranjo sai caro, além de que nunca se sabe muito bem onde procurar a peça que falta. Substituímos a eternidade pela repetição, e o mundo começou a tornar-se monótono como uma lição de solfejo. Tememos a maior das vertigens, que é a da duração. Mas no fim de cada sucesso há um cemitério como o de Romeu e Julieta, apenas com a diferença da aura, que é afinal tudo. As pessoas morrem cada vez mais velhas e cansadas de correr, e os seus cadáveres tensos soçobram de ridículo sob a terra das suas efémeras conquistas".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Medo de voar
"Sobreviver significa renascer repetidas vezes. Não era fácil, e sempre se mostrava doloroso, mas não restava qualquer escolha, com exceção da morte".
Erica Jong
Erica Jong
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Medo de voar
"Mas isso passaria, com o tempo. Sempre passava, infelizmente. O machucado no coração que, no começo, parece tão sensível ao toque, com o tempo se transforma em todas as tonalidades do arco-íris e pára de doer. Chegamos a esquecer que temos coração, até que apareça a vez seguinte. E é quando tudo acontece de novo e nos espantamos em verificar como foi possível esquecer. Pensamos: "Este é mais forte, este é melhor...", porque na verdade, não conseguimos lembrar bem da vez anterior".
Erica Jong
Erica Jong
terça-feira, 15 de junho de 2010
"Parece-me ser assim. Não é uma coisa terrível - quer dizer, pode ser terrível, mas não é daninha, não é de envenenar, depararmo-nos sem alguma coisa que realmente queremos... O terrível é fingir que o de segunda é de primeira. Fingir que não precisamos do amor, quando precisamos; ou que gostamos do trabalho, quando sabemos muito bem que somos capazes de coisa melhor".
Doris Lessing
Doris Lessing
segunda-feira, 14 de junho de 2010
O amor e outros objetos pontiagudos
"Será que, como eu, ela achava que a felicidade é um negócio que inventaram para enganar os pobres, os feios e os esperançosos?".
Marçal Aquino
Marçal Aquino
sábado, 12 de junho de 2010
"A Psicanálise oferece ao sujeito um tratamento pela via do desejo que possibilita o sujeito ir da dor de existir à alegria de viver. Mas para isso o sujeito precisa querer saber, tendo a coragem de se confrontar com a dor que morde a vida e sopra a ferida da existência, para fazer da falta que dói, a falta constitutiva do desejo".
Antonio Quinet
Antonio Quinet
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Fazes-me falta
"Não importa o que se ama. Importa a matéria desse amor. As palavras são só um princípio... Porque no amor os princípios, os meios e os fins são apenas fragmentos de uma história que continua para lá dela, antes e depois do sangue breve de uma vida. Tudo serve a essa obsessão de verdade a que chamamos amor".
Inês Pedrosa
Inês Pedrosa
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Medo de voar
"No entanto, havia gente no mundo, muita gente, que fazia o que lhe agradava e não ficava com uma só gota de culpa - desde que não fossem pegos. Por que eu fora amaldiçoada com um superego tão hiperatrofiado?"
Erica Jong
Erica Jong
domingo, 6 de junho de 2010
Medo de voar
"Embora meus amigos me invejassem, porque sempre parecia estar animada e confiante, em segredo encontrava-me apavorada em relação a quase tudo".
Erica Jong
Erica Jong
sábado, 5 de junho de 2010
Medo de voar
"Nada existe de mais feroz do que um artista fracassado. A energia permanece nele, mas, sem ter saída, implode (...) raiva que enfumaça todas as janelas internas da alma".
Erica Jong
Erica Jong
sexta-feira, 4 de junho de 2010
quinta-feira, 3 de junho de 2010
"Sás que desisti do amor? Que alívio. É um processo que vem se arrastando há uns quatro anos, desde o que chamo de The Big Disaster, agora parece que con-so-li-dou-se. Será que é da idade? Fico ouvindo as pessoas naquele rodenir de ligou?-vou-ligar-não-sei-se-ligo-se-ligar-diz-que-saí etc.&etc. e acho de uma pobreza alagoana".
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 2 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Salve sua vida
"Na verdade, não sei para que serve o sofrimento. O problema não é quanto sofrimento você sente, mas sim quanta alegria. Qualquer idiota pode sofrer. A vida está cheia de desculpas para se sentir sofrimento, desculpas para não viver, desculpas, desculpas, desculpas".
Erica Jong
Erica Jong
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Salve sua vida
"Ele conseguia ser honesto num mundo em que ninguém era, onde a própria honestidade estava fora de moda".
Erica Jong
Erica Jong
domingo, 30 de maio de 2010
"Descrito por alguns escritores, o ato sexual é uma fraude. A metáfora os põe a perder. Como levar a sério os "mastros", as "espadas", "os vales úmidos" e as florestas de que lançam mão para referir-se à genitália? E quando resolvem se valer de frutas para descrever seios, na tentativa de obter um efeito poético? Seios não são pêras nem morangos. Seios são seios. Ou peitos. Ou mesmo tetas, como queria o velho Miller".
Marçal Aquino
Marçal Aquino
sábado, 29 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
Fazes-me falta
"Uma ocasião, disse-me:
- Eu sei que, lá bem no fundo, tu precisas muito do meu amor...
Eu respondi-lhe com os confortáveis esteriótipos do teu discurso - e ainda nem te conhecia:
- Os homens-que-lá-bem-no-fundo são um truque de ilusionismo que as mulheres inventaram para poderem continuar a ser vítimas sem ofender as conquistas da sociedade contemporânea".
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
- Eu sei que, lá bem no fundo, tu precisas muito do meu amor...
Eu respondi-lhe com os confortáveis esteriótipos do teu discurso - e ainda nem te conhecia:
- Os homens-que-lá-bem-no-fundo são um truque de ilusionismo que as mulheres inventaram para poderem continuar a ser vítimas sem ofender as conquistas da sociedade contemporânea".
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Os Normais
TÍPICO RUI
Os produtos ficam podres na data de validade ou no dia seguinte? Se o produto não fica podre na data que era pra ficar, você pode reclamar no procon?
*
TÍPICO VANI
Se em nariz não nasce ruga, por que a cara toda não é de pele de nariz? Se arrancar fio de cabelo branco faz nascer mais, cuidar dele com todo carinho faz nascer menos?
(Os Normais - Fernando Young e Alexandre Machado)
Os produtos ficam podres na data de validade ou no dia seguinte? Se o produto não fica podre na data que era pra ficar, você pode reclamar no procon?
*
TÍPICO VANI
Se em nariz não nasce ruga, por que a cara toda não é de pele de nariz? Se arrancar fio de cabelo branco faz nascer mais, cuidar dele com todo carinho faz nascer menos?
(Os Normais - Fernando Young e Alexandre Machado)
domingo, 23 de maio de 2010
Os Normais
VANI APONTANDO PRO SEU GUARDA-ROUPA COMO UMA TELEMOÇA.
Trinta e um anos de compras. E não tem uma peça que eu goste. Se eu falo isso pra alguém, vão pensar que eu sou maluca.
Trinta e um anos de compras. E não tem uma peça que eu goste. Se eu falo isso pra alguém, vão pensar que eu sou maluca.
sábado, 22 de maio de 2010
Os Normais
TÍPICO VANI
Tirem as crianças da sala. Daqui a pouco eu vou sair do banheiro com cara de magoada e nós vamos ter o famoso "sexo de fazer as pazes". É maravilhoso, você transa como se estivesse estrangulando a pessoa.
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
Tirem as crianças da sala. Daqui a pouco eu vou sair do banheiro com cara de magoada e nós vamos ter o famoso "sexo de fazer as pazes". É maravilhoso, você transa como se estivesse estrangulando a pessoa.
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Os Normais
VANI E AMIGA DIVIDINDO O LAVABO
- Você vai dar?
- Acho que vou. E você?
- Tô na maior dúvida.
- Se você der eu dou.
- Querer dar eu quero.
- Então dá, boba.
- Vou acabar dando.
- Eu daria.
- Eu não topo certas coisas.
- Nem eu. Tem umas que "até talvez", outras "sem chance".
- Engraçado, eu tenho mais problemas com as "até talvez" que com as "sem chance".
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
- Você vai dar?
- Acho que vou. E você?
- Tô na maior dúvida.
- Se você der eu dou.
- Querer dar eu quero.
- Então dá, boba.
- Vou acabar dando.
- Eu daria.
- Eu não topo certas coisas.
- Nem eu. Tem umas que "até talvez", outras "sem chance".
- Engraçado, eu tenho mais problemas com as "até talvez" que com as "sem chance".
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Os Normais
VANI E RUI NORMALMENTE SE PREPARANDO PARA DORMIR
- Vani se eu fosse maluco, você ia continuar me amando?
- Como assim, Rui? Não entendi.
- Ué, se eu fosse maluco você ia me largar ou ia continuar comigo?
- Não, essa parte eu entendi. Eu não entendi foi o "se eu fosse maluco".
- Você tá dizendo que eu sou maluco?
- Estraguei a surpresa? Desculpa, eu pensei que você soubesse.
- Por que eu sou maluco? Me diz?
- Sei lá. Algum problema na infância.
- Ahhhhhhfffffff...
- Depois diz que não é maluco...
- Não entendi. Toda noite, quando você senta na cama você faz "Ahhhhhhfffffff".
-`É um hábito. Ter hábitos é sinal de maturidade emocional.
- Sentar na cama e fazer Ahhhhhhhfffffff"? Sinal de maturidade emocional?
- É uma epressão de alívio, após mais um dia que passou, que com a repetição se torna em aconchego pessoal da alma.
Vani senta na cama e massageia os dedos do próprio pé.
- Hum. E você acha isso normal.
- Melhor que tirar chulé do pé, é.
- Passar os dedos da mão entre os dedos do pé é uma técnica de relaxamento. Chama-se "do-in". - Tirar chulé agora chama "do-in"?
- Rui, diz que eu sou maluca, mas não diz que eu tenho chulé.
- Tem razão. Uma maluca com chulé realmente é muito grave.
- É, ela pode pegar os dedos cheios de chulé e esfregar na tua boca.
Vani esfrega as mãos na cara dele.
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
- Vani se eu fosse maluco, você ia continuar me amando?
- Como assim, Rui? Não entendi.
- Ué, se eu fosse maluco você ia me largar ou ia continuar comigo?
- Não, essa parte eu entendi. Eu não entendi foi o "se eu fosse maluco".
- Você tá dizendo que eu sou maluco?
- Estraguei a surpresa? Desculpa, eu pensei que você soubesse.
- Por que eu sou maluco? Me diz?
- Sei lá. Algum problema na infância.
- Ahhhhhhfffffff...
- Depois diz que não é maluco...
- Não entendi. Toda noite, quando você senta na cama você faz "Ahhhhhhfffffff".
-`É um hábito. Ter hábitos é sinal de maturidade emocional.
- Sentar na cama e fazer Ahhhhhhhfffffff"? Sinal de maturidade emocional?
- É uma epressão de alívio, após mais um dia que passou, que com a repetição se torna em aconchego pessoal da alma.
Vani senta na cama e massageia os dedos do próprio pé.
- Hum. E você acha isso normal.
- Melhor que tirar chulé do pé, é.
- Passar os dedos da mão entre os dedos do pé é uma técnica de relaxamento. Chama-se "do-in". - Tirar chulé agora chama "do-in"?
- Rui, diz que eu sou maluca, mas não diz que eu tenho chulé.
- Tem razão. Uma maluca com chulé realmente é muito grave.
- É, ela pode pegar os dedos cheios de chulé e esfregar na tua boca.
Vani esfrega as mãos na cara dele.
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Os Normais
RUI TOMANDO BANHO
Eu sou um cara normal, igual a todo mundo. Primeiro eu passo sabonete no peito, depois na barriga, aí sovaco e braço, depois bunda, aí na região do pinto, depois eu desço pela perna direita até os pés e subo pela esquerda até a bunda e dou mais uma ensaboada, aí uma última passadinha no pinto, e pronto. Normal.
*
VANI DEITADA OLHANDO PRO TETO
Sou uma mulher normal: passo metado do meu dia pensando merda. Agora, por exemplo, eu tô pensando se eu devia ter dito uma coisa qye eu disse, ou se era melhor não ter dito, ou dito de outra maneira, deizendo sem precisar dizer.
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
Eu sou um cara normal, igual a todo mundo. Primeiro eu passo sabonete no peito, depois na barriga, aí sovaco e braço, depois bunda, aí na região do pinto, depois eu desço pela perna direita até os pés e subo pela esquerda até a bunda e dou mais uma ensaboada, aí uma última passadinha no pinto, e pronto. Normal.
*
VANI DEITADA OLHANDO PRO TETO
Sou uma mulher normal: passo metado do meu dia pensando merda. Agora, por exemplo, eu tô pensando se eu devia ter dito uma coisa qye eu disse, ou se era melhor não ter dito, ou dito de outra maneira, deizendo sem precisar dizer.
(Os Normais - Fernanda Young e Alexandre Machado)
terça-feira, 18 de maio de 2010
Desapego
Em um dia aparentemente corriqueiro, Dave Bruno sentiu-se sufocado com a quantidade absurda de coisas que viu ao seu redor.
O americano se deu conta de que andava invertendo valores: amava as coisas e usava as pessoas.
Para lutar contra o consumismo, propôs a si mesmo um desafio batizado de The 100 Thing Challenge (O Desafio das 100 Coisas): até 12 de novembro, deve concluir uma lista com os 100 objetos pessoais que considera indispensáveis.
A partir daí, passará um ano vivendo com esse número de pertences.
Claro que há algumas regras: tudo que é compartilhado em família não foi incluído na conta, assim como artigos de grande valor afetivo, teoricamente dignos de serem levados por uma vida inteira pela sensação nostálgica que oferecem, como a Bíblia usada pelo avô durante a guerra.
Em seu blog, sucesso na web, o empresário mantém um registro sobre o passo-a-passo do desapego: aos poucos, a lista do que irá permanecer diminui, enquanto cresce o que será vendido, doado ou jogado fora.
Como todos nós, abrir mão de bens materiais é encarado como um sacrifício que Bruno vivencia a duras penas.
E esta é a parte mais desafiadora de sua proposta: reavaliar seus conceitos sobre conforto e necessidade.
Desde então, economizou tempo, dinheiro e energia, dando importância ao que realmente vale a pena.
Através de um esforço realista e voluntário, tem mostrado que podemos, sim, simplificar desordem, padrões, desejos e excessos sem que isso resulte em infelicidade.
(Texto da revista VIDA SIMPLES - EDITORA ABRIL)
O americano se deu conta de que andava invertendo valores: amava as coisas e usava as pessoas.
Para lutar contra o consumismo, propôs a si mesmo um desafio batizado de The 100 Thing Challenge (O Desafio das 100 Coisas): até 12 de novembro, deve concluir uma lista com os 100 objetos pessoais que considera indispensáveis.
A partir daí, passará um ano vivendo com esse número de pertences.
Claro que há algumas regras: tudo que é compartilhado em família não foi incluído na conta, assim como artigos de grande valor afetivo, teoricamente dignos de serem levados por uma vida inteira pela sensação nostálgica que oferecem, como a Bíblia usada pelo avô durante a guerra.
Em seu blog, sucesso na web, o empresário mantém um registro sobre o passo-a-passo do desapego: aos poucos, a lista do que irá permanecer diminui, enquanto cresce o que será vendido, doado ou jogado fora.
Como todos nós, abrir mão de bens materiais é encarado como um sacrifício que Bruno vivencia a duras penas.
E esta é a parte mais desafiadora de sua proposta: reavaliar seus conceitos sobre conforto e necessidade.
Desde então, economizou tempo, dinheiro e energia, dando importância ao que realmente vale a pena.
Através de um esforço realista e voluntário, tem mostrado que podemos, sim, simplificar desordem, padrões, desejos e excessos sem que isso resulte em infelicidade.
(Texto da revista VIDA SIMPLES - EDITORA ABRIL)
segunda-feira, 17 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Fazes-me falta
"Passava horas feliz só de olhar para eles, pensando se uma sintonia daquelas me estaria alguma vez reservada. Sabia que era pouco provável; a gente sabe quando tem o vício do desajustamento, a gente sabe isso, mesmo aos vinte anos".
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Linchamento étnico e ideologia de dominação
(...)Na Améria do Sul, da mesma forma que na África do Sul ou na América do Norte, o ato sexual entre branco dominador e negra conquistada contitui traço fundamental do racismo: um instrumento de dominação por si mesmo. Sua origem social está no estupro violento da mulher africana pelo senhor escravista, e a sistemática prostituição da primeira para o lucro do segundo. Mais profundamente encontra-se na tendência bélica, universal entre as sociedades patriarcais, de estuprar as mulheres de povos derrotados, como elemento rotineiro da pilhagem consequente à conquista.
(...)Também se evidencia na crescente taxa generalizada de estupros e de agressão sexual depois da deflagração do chamado movimento feminista, refletindo a tentativa de reafirmação masculina de domínio político, desafiado por tal movimento.
Vale dizer que a política do estupro tem um aspecto complementar no sentido da dominação racial: o homem negro é a vítima fácil de falsas acusações (com a consequente prisão e/ou tortura) de violações à muler branca.
O estupro, expressão e afirmação de relações de poder entre senhor e escravo, não constitui fenômeno exclusivamente latino: foi uma realidade sistêmica também nos tempos coloniais dos Estados Unidos. Maulana Ron Karenga observa que
o estupro não era simplismente um ato sexual e pessoal contra a mulher negra, mas um contínuo terrorismo para dar lições concretas, para demonstrar a vulnerabilidade da mulher negra, a impotência do homem negro, e assim, a vulnerabiliade e a impotência da comunidade negra como um todo.
A sociedade patriarcal brasileira, e seus expoentes acadêmicos, da mesma forma que os do mundo hispano-americano, no entanto conseguiram edificar uma mistificação do estupro, infelizmente eficaz, que o apresenta como símbolo de relações raciais harmoniosas. Pierre Verger, por exemplo, nos informa loquazmente que os meninos brancos filhos do senhor,
experimentavam sua iniciação sexual com as garotas de cor tralhando na casa grande ou nos canaviais, assim infundindo elementos de atração sexual e compreensão com o que se escolheu chamar de pessoas e raças diferentes.
Se Verger "escolheu" chamar as mulheres africanas de "pessoas de outra raça", elas não tiveram a oportunidade de se manifestar nesse sentido quando foram arrancadas da sua terra natal, trazidas à força para terras alheias, e vitimadas pela agressão sexual do opressor, tudo isso sob a justificação de que pertenciam a uma "raça inferior". Com essa declaração, Verger exemplifica a idéia do estupro como sintoma de uma relação saudável e feliz entre os seres humanos. Esse conceito se baseia, evidentemente, no preceito básico das sociedades patriarcais, de que "as mulheres gostam da coisa, de qualquer maneira que venha", racionalização milenar da violência sexual como instrumento e sintoma de dominação.(...)
Outro símbolo da chamada democracia racial latino-americana é a mulata, aparentemente concebida como objeto de um desejo ou um prazer cultivado exclusivamente pelo branco latino. Contudo, a verdade é outra: a mulata constituiu e contitui "um objeto sexual preferido também nos Estados Unidos, famosa pela sua beleza e ardor". A mulata clara, denominada em inglês a "high-yaller woman" (moça alta-amarela), "tem sido sempre valorizada como amante entre os homens brancos."(...)Nas palavras de Lélia González:
Já o termo "mulata" implica na forma mais sofisticada de reitificação: ela é denominada "produto de exportação", ou seja, objeto a ser consumido pelos turistas e pelos nacionais burgueses. Temos aqui a enganosa oferta de um pseudomercado de trabalho que funciona como um funil e que, em última instância, determina um alto grau de alienação.
A hierarquia social da pigmentação tampouco constitui fenômeno exclusivamente latino.(...)a estética da brancura opera para criar uma estratificação de prestígio baseado nos matizes da epiderme(...)
(...)Etnicamente falando, o supremacismo branco tem sido sempre a causa de cisões no mundo negro, lançando o negro de cabelo liso contra o negro de cabelo encaracolado; colocando o negro de nariz afilado contra o negro de nariz chato; opondo o negro de origem africana ao de origem asiática; e finalmente, indispondo o negro das Américas contra o da África e da Ásia. Não há limite às divisões patrocinadas pelo supremacismo branco no mundo negro.
"Pan-africanismo na América do Sul Emergência de uma rebelião negra"
páginas 121, 122, 123, 124, 125
(Elisa Larkin Nascimento)
terça-feira, 11 de maio de 2010
"(...)tenho uma parte que acredita em finais felizes. Em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado. Tenho uma metade que mente, trai, engana. Outra que só conhece a verdade. Uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. Outra que sobrevive sozinha. Metade autossuficiente."
Caio F.
Caio F.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
"Mas nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. Então, são lágrimas suaves, de uma tristeza legítima à qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda."
Clarice Lispector
Clarice Lispector
domingo, 9 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
"[...] Sempre tive a sensação de mal-estar no mundo, uma sensação de não caber no meu espaço, um desconforto diante de meus pares – eu me pergunto: tenho pares? Eu sabia que em mim há uma mulher que tento esconder ferozmente. Tenho medo que as pessoas identifiquem meus excessos, essa quantidade absurda de pernas e braços que camuflo sob a roupa que visto. O que diriam se soubessem das muitas que vivem em mim e tentam bravamente, numa luta corporal, projetar-se do meu corpo? Tomariam-me por uma aberração?[...]"
Clarice Lispector
Clarice Lispector
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Somos brasileiros?
A aparente legalidade dos atos do colonizador legitimada pela chamada cultura brasileira, não mostra a real participação negra na construção da identidade nacional, mas sim a apropriação branca dos seus valores culturais e sua destruição, tornando-a imperceptível aos olhos dos próprios negros, afim da inserção dessa população preta não por serem o que são, mas sim por um novo método complexo de escravidão e dominação. Somos a população, mas não a nação. Somos a população, mas não cidadãos. Pra estarmos na marginalidade nos basta nascer.
(http://mulheresdoreneg.blogspot.com/2009/11/somos-brasileiros.html)
(http://mulheresdoreneg.blogspot.com/2009/11/somos-brasileiros.html)
terça-feira, 4 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
O pequeno príncipe
"- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração..."
(Trecho extraído do livro "O Pequeno Príncipe)
(Trecho extraído do livro "O Pequeno Príncipe)
sábado, 1 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Certas palavras não podem ser ditas
em qualquer lugar e hora qualquer.
Estritamente reservadas
para companheiros de confiança,
devem ser sacralmente pronunciadas
em tom muito especial
lá onde a polícia dos adultos
não adivinha nem alcança.
Entretanto são palavras simples:
definem partes do corpo, movimentos,
actos do viver que só os grandes se permitem
e a nós é defendido por sentença dos séculos.
E tudo é proibido.
Então, falamos.
Carlos Drummond de Andrade
em qualquer lugar e hora qualquer.
Estritamente reservadas
para companheiros de confiança,
devem ser sacralmente pronunciadas
em tom muito especial
lá onde a polícia dos adultos
não adivinha nem alcança.
Entretanto são palavras simples:
definem partes do corpo, movimentos,
actos do viver que só os grandes se permitem
e a nós é defendido por sentença dos séculos.
E tudo é proibido.
Então, falamos.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Homo
"Trata-se de um ser de uma afetividade imensa e instável, que sorri, ri, chora, um ser ansioso e angustiado, um ser gozador, embriagado, estático, violento, furioso, amante, um ser invadido pelo imaginário, um ser que conhece a morte e não pode acreditar nela, um ser que segrega o mito e a magia, um ser possuido pelos espíritos e pelos deuses, um ser que se alimenta de ilusões e quimeras, um ser subjetivo cujas relações com o mundo objetivo são sempre incertas, um ser submetido ao erro, ao devaneio, um ser híbrido que produz a desordem. E como chamamos loucura à conjunção da ilusão, do descometimento, da instabilidade, da incerteza entre real e imaginário, da confusão entre subjetivo e objetivo, do erro, da desordem, somos obrigados a ver o Homo sapiens como Homo demens."
Edgard Morin
Edgard Morin
terça-feira, 27 de abril de 2010
Salve sua vida
"Mas ela não tinha nenhum talento para a felicidade. Poder-se-ia dizer que tinha um talento para ser infeliz, mas eu preferiria pensar no sofrimento como uma ausência de alegria mais que uma condição cultivada deliberadamente. Contudo, isto é um ponto discutível."
(Salve sua Vida, Erica Jong)
(Salve sua Vida, Erica Jong)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Dependendo de como se olha, é quase um consenso que a maturidade seja vista como uma espécie de benção, um estágio da vida que capacita alguns a saberem como tomar decisões levando-se em conta uma serie de detalhes práticos envolvendo o bem-estar de outros. Maturidade também pode ser a habilidade de avaliar o possível impacto que algo teria sonbre uma situação depois de aplicado. Alguns consideram isso o resultado de uma percepção social ajustada, adquirida com o conjunto de valores transmitidos pelo meio onde a pessoa foi criada ou de um modo mais radical, através do aprendizado em correção, depois de uma série de ações equivocadas cometidas durante um processo de amadurecimento. Com isso, imaginamos logo que o individuo maduro estaria apto de um modo geral, a realizar para si escolhas melhores, como saber poupar outros de possíveis ações danosas ou evitar colocar alguém em situação de constrangimento ou até mesmo de risco. Certo? Nada mais enganoso! Para ver o maduro cair de seu ponto de equilíbrio, basta que ele tropece num desatino, numa descontrolada paixão indevida bem tocaiada a enrosca-lhe perna acima, derrubando-o de sua própria altura dentro do perigo mais profundo, do arriscado mais inconsequente, do insano mais lisérgico, e muitas vezes, dentro do inevitável ridículo, como aconteceria com qualquer principiante que se lambuza nas tolices duma infância tardia, que como tal, se nega a devolver corpo e mente do apaixonado em transe, ao lugar de onde deveria ser visto publicamente como sensato.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
"Todo problema humano deve ser considerado a partir do tempo. Se pertenço irredutivelmente à minha época, é para ela que devo viver. Logo, o futuro deve ser uma construção contínua do homem que existe e esta construção/edificação é ligada ao presente, na medida em que o coloco como algo a ser superado."
Frantz Fanon
Frantz Fanon
terça-feira, 20 de abril de 2010
Crime e Castigo
“Ora veja… é o que sempre acontece às pessoas românticas: enfeitam uma criatura, até o último momento, com penas de pavão, e não querem ver, nela, senão o que é bom, muito embora sentindo tudo ao contrário. Jamais querem, antecipadamente, dar às coisas o seu devido nome. Essa simples idéia lhes parece insuportável. A verdade, repelem-na com todas as forças até o momento em que aquela pessoa, engalamada por elas próprias, lhes mete um murro na cara."
Fiodor Dostoiévski
Fiodor Dostoiévski
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Fazes-me falta
“A felicidade é uma coleção de instantes suspensos sobre o tempo que só depois de amarelados pela ausência se revelam."
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
domingo, 18 de abril de 2010
Medo de voar
É preciso aturar muita merda das pessoas, para poder saborear os bons pedaços, também."
(Medo de Voar, Erica Jong)
(Medo de Voar, Erica Jong)
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
A instrução dos amantes
"Ela diz que quer esquecer, mas traz cada fragmento dele colado ao corpo como uma bóia de salvação. A memória mente ao tempo. Impartilhável, imortal, o cinema do segredo. Um filme encravado, ao arrepio dos dias, debaixo da pele."
"As frases começam-lhe eufóricas e terminam muitas vezes melancólicas. Como se a meio das explicações se desse conta da inutilidade das palavras repetidas, da impossibilidade de passar assim um qualquer testemunho. A sua maior vaidade é deixar de perceber. Cansou-se de ler as linhas ordenadas do mundo. Cada ser é uma constelação de duelos insolúveis, às vezes a espada lampeja e o olhar clareia. Há em cada poeta uma aventura singular que articula o tempo que a vida escolheu para ele e o lugar que ele escolhe para si na vida."
(A instrução dos amantes, Inês Pedrosa)
"As frases começam-lhe eufóricas e terminam muitas vezes melancólicas. Como se a meio das explicações se desse conta da inutilidade das palavras repetidas, da impossibilidade de passar assim um qualquer testemunho. A sua maior vaidade é deixar de perceber. Cansou-se de ler as linhas ordenadas do mundo. Cada ser é uma constelação de duelos insolúveis, às vezes a espada lampeja e o olhar clareia. Há em cada poeta uma aventura singular que articula o tempo que a vida escolheu para ele e o lugar que ele escolhe para si na vida."
(A instrução dos amantes, Inês Pedrosa)
quinta-feira, 15 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
"O trabalhador olha as preços e sabe que não poderá adquirir quase nada do que está exposto no comércio, mas não lhe passa pela cabeça que foi ele, não enquanto indivíduo e sim como classe social, quem produziu tudo com seu trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto do que o preço dele, trabalhador, isto é, o seu salário."
Marilena Chauí
Marilena Chauí
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
O pan-africanismo
O pan-africanismo é a teoria e a prática da unidade essencial do undo africano. Não há nenhuma conotação racista nessa unidade. Ela se baseia, não em critérios superficiais de cor mas
Na comunidade dos fatos históricos, na comunidade da herança cultural e na identidade de destino em face do capitalismo, do imperialismo e do coronialismo. O emblema da cor é um elemento estático só quando superficialmente considerado; se vê muito mais profundamente como um fato histórico, visto da perpectiva da nossa história onde aconteceu uma ruptura trágica - a dos comerciantes de carne; a guarda-avançada do imperialismo.²
O pan-africanismo reivindica a unificação do continente africano, e a aliança concreta e progressista com uma diáspora unida. Nem toda a diáspora, incidentalmente, se formou durante o tráfico escravista mercantil. Populações asiáticas como a dravidiana (da Índia) e os aborígenes australianos são originalmente africanas, tendo emigrado do continente a milhares de anos. Na América, a evidência da presença africana pré-colombiana mostra que os negros chegram muitos séculos antes dos europeus, como navegadores, comerciantes e exploradores de antiguidade.² A emigração caribenha e africana à Europa nas últimas décadas criou uma nova diáspora negra.
Há uma tendência errônea de ver o pan-africanismo como uma palavra de ordem para a volta em massa dos povos da diáspora à África. Ainda que algumas das suas primeiras manifestações se tenham articulado dessa forma, hoje se compreende que o pan-africanismo significa a luta para a libertação dos povos africanos em todos os lugares onde se encontrarem, Marcus Garvey teve como lema político principal a frase "A África para os africanos, na própria pátria e no exterior". Isto claramente indica a preocupação com os africanos fora da do continente. O slogan da "volta à África" tinha um alvo simbólico espiritual. Garvey compreendeu também que uma África unida era necessária como base para a força política do mundo africano como um todo."
("Pan-africanismo na América do Sul - Emergência de uma rebelião negra"- Elisa Larkin Nascimento)
domingo, 11 de abril de 2010
O beijo da mulher aranha
- (...)E aí conheceu um rapaz da seção de política. Viu logo que precisava dele, que a relação com o outro estava esvaziada.
- Por que esvaziada?
- Tinham dado um ao outro tudo o que podiam. Eram muito agarrados, mas jovens demais para ficarem naquilo, ainda não sabiam direito... o que queriam, nenhum dos dois. E... Jane propôs ao rapaz uma abertura na relação. E o rapaz topou, e ela começou a se encontrar com o companheiro da revista também.
(O beijo da mulher aranha - Manuel Puig)
- Por que esvaziada?
- Tinham dado um ao outro tudo o que podiam. Eram muito agarrados, mas jovens demais para ficarem naquilo, ainda não sabiam direito... o que queriam, nenhum dos dois. E... Jane propôs ao rapaz uma abertura na relação. E o rapaz topou, e ela começou a se encontrar com o companheiro da revista também.
(O beijo da mulher aranha - Manuel Puig)
sábado, 10 de abril de 2010
Amores Freudianos
"A angústia desorganiza o corpo e produz as mesmas sensações que uma pessoa saudável teria ao enfrentar um perigo real."
"Não há maldade na paixão.Nem qualquer coisa parecida com bondade."
(Amores Freudianos, Alberto Goldin)
"Não há maldade na paixão.Nem qualquer coisa parecida com bondade."
(Amores Freudianos, Alberto Goldin)
quinta-feira, 8 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Você quer o que deseja?
"A psicanálise, por meio do estudo dos sonhos, descobriu que a natureza do desejo humano está no mal-entendido, na topada, na alusão, no encontro fortuito. Nisso ela é divina - as linhas tortas dos sonhos escrevem corretamente".
Jorge Forbes
Jorge Forbes
terça-feira, 6 de abril de 2010
segunda-feira, 5 de abril de 2010
"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."
Martha Medeiros
Martha Medeiros
sábado, 3 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
A instrução dos amantes
"- Mas tu não és nenhum monstro, minha parva! Teu problema é que ninguém acredita em ti porque tu também não acreditas. Para ser sincera, as tuas paixões já dão vontade de rir aos rapazes. Até a mim. Tu apaixonas-te pelo primeiro que aparece. Assim ninguém te leva a sério.- Se eu fosse bonita, só me tinha apaixonado por um rapaz. Juro-te. Ele apaixonava-se por mim e eu era-lhe fiel para sempre.- Não duvido. Só que isso também não queria dizer nada.
(A instrução dos amantes, Inês Pedrosa)
(A instrução dos amantes, Inês Pedrosa)
terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
“Mas não vou ceder. Foi a última paixão. Paixão é o que dá sentido à vida. E foi a última. Tenho certeza absoluta disso. Agora me tornarei uma pessoa daquelas que se cuidam para não se envolver. Já tenho um passado, tenho tanta história. Meu coração está ardido de meias-solas. Sei um pouco das coisas? Acho que sim. Tive tanta taquicardia hoje. Estou por aí, agora. Penso nele, sim, penso nele. Mas não vou ceder. Certo, certo: ninguém tem obrigação de satisfazer ao teu desejo, pela simples razão de que você supõe que teu desejo seja absoluto. Foda-se seu desejo, ora. Me dói não ter podido mostrar minha face. Me dói ter passado tanto tempo atento a ele — quando ele nunca ficou atento a mim. E eu passei tanta coisa dura. Rita Lee canta “são coisas da vida…”.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
sábado, 27 de março de 2010
"Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor".
Clarice Lispector
Clarice Lispector
sexta-feira, 26 de março de 2010
"Imitou a voz melosa: Ôi-tudo-bem-e-aí-tô-ligando-pra-saber-se-você-vai-fazer-alguma-coisa-hoje-à-noite. Como se a gente tivesse obrigação de fazer alguma coisa toda noite. Só porque é sábado. Essa obsessão urbanóide de aliviar a neurose a qualquer preço nos fins de semana, pode? Tenho vontade de dizer nada, não vou fazer absolutamente nada. Só talvez, mais tarde, se estiver de saco muito cheio, tentar suicídio com uma-dose-excessiva-de-barbitúricos, uma navalha, ou um bom bujão de gás ou algo assim. Se você quiser me salvar, esteja a gosto, coração. God! Um dia acabo mesmo dizendo, porra."
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 25 de março de 2010
"É por isso, também, que mulheres histéricas sentem-se tão frequentemente atraídas por homens obsessivos: os obsessivos tentam de todas as formas parecerem cadáveres e as histéricas tentam de todas as formas fazer os cadáveres voltarem à vida. Uma histérica é alguém a quem as coisas estão sempre acontecendo, enquanto um obsessivo é uma coisa a quem as pessoas às vezes acontece (pessoa no sentido de vivo, de não estar morto). (...) Daí a freqüente admoestação histérica ao homem obsessivo, “deixe de ser tão chato” (ou numa festa, “Dance!”), que pode ser traduzida como “mostre-me que você não está morto”. Assim, embora suas uniões possam ser difíceis, histéricas e obsessivos são na verdade bastante adequados uns aos outros".
(Por que as mulheres escrevem mais cartas do que enviam, Darian Leader)
(Por que as mulheres escrevem mais cartas do que enviam, Darian Leader)
quarta-feira, 24 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
Nas tuas mãos
"O mar acalmava Camila, criança nervosa, que só conhecia o êxtase ou o desespero. (...) Mudava o riso em lágrimas em menos de um segundo. Passei anos a temer que este excesso de nascença lhe rasgasse a vida em pedaços. E rasgou, mas, sobretudo, secou-a por dentro de uma forma que ainda hoje me parece inimaginável".
(Nas tuas mãos, Inês Pedrosa)
(Nas tuas mãos, Inês Pedrosa)
segunda-feira, 22 de março de 2010
"Porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência".
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
domingo, 21 de março de 2010
A eternidade e o desejo.
"Mas sabemos que essa ausência do querer não existe no universo humano. Sabemos que é porque queremos isto em vez daquilo, ou porque queremos tudo ao mesmo tempo, ou porque queremos o que nos faz mal. Sabemos a que ponto aquilo que queremos desmancha aquilo que pensamos que queremos. Sabemos, sim - mas o vulcão do querer é mais violento do que tudo o que sabemos ou pensamos. Eu não queria querer-te tanto(...)".
(A eternidade e o desejo, Inês Pedrosa)
(A eternidade e o desejo, Inês Pedrosa)
sábado, 20 de março de 2010
A instrução dos amantes
"A saudade guarda o que ficou por repetir. Não se aprende nada com a experiência. Só o que dói é que se sabe. As histórias mais bonitas não são as que se contam. As coisas mudam, mas o coração fica. E tu dizias: tudo pode acontecer. Eu não queria que tudo pudesse acontecer. Tu eras minha".
(A instrução dos amantes, Inês Pedrosa)
(A instrução dos amantes, Inês Pedrosa)
sexta-feira, 19 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
Você quer o que deseja?
"As decisões sobre o desejo - diferentemente do que ocorre com a necessidade - não têm nada de "bom senso". Exigem a responsabilidade do sujeito e escapam ao controle universal, por ser particulares".
Jorge Forbes
Jorge Forbes
domingo, 7 de março de 2010
Paixões
"A paixão nunca aprende: é sempre idêntica, eternamente jovem, intacta, irrefletida. "Mas como é possível que eu esteja, a esta altura, fazendo outra vez as mesmas bobagens?, costuma gemer nossa razão, espantada, quando esperamos durante horas uma ligação que não chega nunca. "É que eu não aprendo", se queixa o amante sofredor. E ele está certo, porque o amor permanece impermeável à experiência."
(Paixões - amores e desamores que mudaram a história, Rosa Montero)
(Paixões - amores e desamores que mudaram a história, Rosa Montero)
sábado, 6 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
quinta-feira, 4 de março de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
Final Feliz
"(...) O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã".
Leila Ferreira
Leila Ferreira
terça-feira, 2 de março de 2010
A mulher que não prestava
"Não vai me dar bom dia? Não, seu idiota, não vou te dar nada, muito menos bom dia; desista, cresça... (...) Olho os e-mails, sempre a mesma merda: textos utópicos e babacas que acompanham imagens felizes e insuportáveis do image bank, correntes de oração pela paz que não existe e nunca existiu, ex-namorados com saudades (lê-se: vontade de dar uma sem grandes investimentos), amigas chatas reclamando que estão sozinhas depois que acabaram a faculdade (elas é que são chatas e a culpa é da faculdade que acabou) e nenhum, nenhum e-mail daquele filho-da-puta, o único e-mail que você queria receber, ele que se foda também."
(A mulher que não prestava, Tati Bernardi)
(A mulher que não prestava, Tati Bernardi)
segunda-feira, 1 de março de 2010
domingo, 28 de fevereiro de 2010
"Há sempre uma diferença entre querer e desejar. Querer corresponde a uma necessidade. Querer é algo que o indivíduo compreende. Eu quero tomar água, eu quero dormir, eu quero me proteger do frio. Enquanto desejar é aquilo que ninguém compreende, é algo muito particular, singular de cada um e jamais nós temos uma resposta que nos satisfaça completamente. Essa é a base da criação ou é a base do sofrimento. Na psicanálise o que acontece quando um desejo é realizado? São raros os momentos e nesse momento a pessoa tem uma sensação de uma quase morte. Os franceses chegam a chamar o orgasmo de uma pequena morte. A pessoa tem a sensação como se estivesse no olho de um furacão, uma sensação de perda de identidade, uma sensação de tontura, uma sensação de querer se agarrar no outro, e isso passa. O que é que vem depois? Pode vir uma depressão, de algo perdido, pode vir uma vontade de reinventar esse prazer tão rápido que é a realização de um desejo."
Jorge Forbes
Jorge Forbes
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Oyá
o que trança na cabeça
dessa beldade negra
fino traço é o retrato
de uma deusa ginga ginga
o corpo sem defeito
com direito
só pra mostrar quem é
herdeira dos deuses
da soberania africana
é filha de Iansã Balé
no barco só navega um
carente de um terreiro egum
foi namorada de Xangô
e se desentendeu com Oxum
agora é mulher fiel
é a mona do ocam
do ferro azulado do rei Ogum
autor desconhecido
dessa beldade negra
fino traço é o retrato
de uma deusa ginga ginga
o corpo sem defeito
com direito
só pra mostrar quem é
herdeira dos deuses
da soberania africana
é filha de Iansã Balé
no barco só navega um
carente de um terreiro egum
foi namorada de Xangô
e se desentendeu com Oxum
agora é mulher fiel
é a mona do ocam
do ferro azulado do rei Ogum
autor desconhecido
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
''Eu sei que sou exatamente o que 98% dos homens não gosta ou não sabe gostar. Eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma, dos meus medos. Basta eu ver um sinal de luz recíproca no final do túnel que mando minhas zilhões de luzes e cego todo o mundo. Sou demais. Ninguém entende nada. E eles adoram uma sonsa. Adoram. Mas dane-se. Um dia um louco, direto do planeta dos 2% de homens, vai aparecer''.
Tati Bernardi
Tati Bernardi
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre."
"Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes, minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de “tô de mal pra sempre”, durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos, meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!"
Clarice Lispector
"Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes, minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de “tô de mal pra sempre”, durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos, meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!"
Clarice Lispector
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
"(...) diria que me sinto como se tivesse dois corpos. Um é aquele onde moro, ou melhor, que transporto, como um molusco na sua concha, sem nunca ter sabido corretamente apreciar seu lugar no espaço... O outro é o corpo relacional, que me põe em contato mais ou menos estreito com os outros e que veicula uma imagem de mim, da qual afinal cada um dispõe ao seu modo".
Catherine Millet
Catherine Millet
domingo, 21 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Fica comigo essa noite.
“Acreditamos naquilo que precisamos, não é? E acreditamos vinte, trinta, quarenta vezes, contra todas as evidências. Vemos o mal como uma nuvem temporariamente pousada sobre a testa de outro, não como uma parte da alma dele. Somos cândidos por desespero, agarramo-nos às paredes da infância com todas as forças.”
(Fica comigo esta noite, Inês Pedrosa)
(Fica comigo esta noite, Inês Pedrosa)
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
“Saber que não se escreve para o outro, saber que as coisas que vou escrever não me farão nunca amado por aquele que amo, saber que a escritura não compensa, não sublima nada, que ela está precisamente aí onde você não está - é o começo da escritura."
(Fragmentos de um Discurso Amoroso, Roland Barthes)
(Fragmentos de um Discurso Amoroso, Roland Barthes)
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Sibyl
"(...)E porque não devemos gozar das melhores coisas que a vida nos oferece?(...)A vida tem tanta dor que a gente precisava fazer uma catarze. Não quero com isso dizer que seja uma fuga. A gente não consegue fugir da realidade por meio dos livros. Pelo contrário, eles ajudam a perceber com mais amplitude o que a gente realmente é. Mon Dieu, graças à Deus que os tenho. Quando me acho numa situação que não gostaria de estar – devido às circunstâncias peculiares da minha vida -, então tenho essa saída.(...)pode me julgar très supéieure, mas na realidade eu não sou; sou exatamente aquilo que sou, e vivo a vida da maneira como quero.”
(Flora Rheta Schreiber, in: Subyl)
(Flora Rheta Schreiber, in: Subyl)
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Fazes-me falta
"Morri tantas vezes antes de morrer - morri sempre que o amor parava, e o amor estava sempre a parar dentro de mim. Parava e crescia, comia tudo o que eu sabia. Eu imaginava frases novas como barragens contra essas vagas que me levavam. Mas as barragens caíam, eu voltava morta à praia, renascia a tremer de frio, na noite marítima. Então construía de novo a minha barragem, agarrava-me aos meus mortos passados, presentes e futuros, envelhecia e renascia, engelhada e sôfrega. Falava. Falava incansavelmente do que sabia e do que desconhecia, esperava que me mandassem calar para ouvir apenas o vento das palavras definitivas dançando como um louco descabelado nesse opaco interior do meu corpo".
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
(Fazes-me falta, Inês Pedrosa)
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Máscara Negra
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Zé Keti
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval
Zé Keti
sábado, 13 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Medo de Voar
"Quando olho em retrospectiva minha vida, que não tem trinta anos de duração, vejo todos os meus namorados sentados de modo alternado, de costas um para o outro, como se estivessem na brincadeira das cadeiras. Cada qual um antídoto para o outro que existiu antes. Cada qual uma reação, uma meia-volta, um rebote".
(Medo de Voar, Erica Jong)
(Medo de Voar, Erica Jong)
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Pele Negra, Máscaras Brancas
"Todo problema humano deve ser considerado a partir do tempo. Se pertenço irredutivelmente à minha época, é para ela que devo viver. Logo, o futuro deve ser uma construção contínua do homem que existe e esta construção/edificação é ligada ao presente, na medida em que o coloco como algo a ser superado."
Frantz Fanon - 1925-1961
(in: "Pele Negra, Máscaras Brancas" - 1983)
Frantz Fanon - 1925-1961
(in: "Pele Negra, Máscaras Brancas" - 1983)
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Quando o carnaval chegar
Quem me vê sempre parado, distante garante que eu não sei sambar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo as pernas de louça da moça que passa e não posso pegar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar
Tô me guardando pra quando o carnaval
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar
Chico Buarque
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando e não posso falar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo as pernas de louça da moça que passa e não posso pegar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar
Tô me guardando pra quando o carnaval
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera gritar
Chico Buarque
sábado, 6 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Paixões
"Já que a paixão permanece incrustada no imaginário, é uma fantasia, uma alucinação, na qual a pessoa amada é apenas uma desculpa que nos damos para alcançar a emoção extrema de apaixonar-se. Na realidade, pouco importa quem amamos: por isso podemos repetir uma e outra vez o mesmo paroxismo. Como diz Santo Agostinho, o apaixonado ama é o amor. Uma droga muito bonita, evidentemente; mas a vida autêntica e miúda começa justamente onde o conto termina. Mais além do "foram felizes para sempre."
(Paixões - amores e desamores que mudaram a história, Rosa Montero)
(Paixões - amores e desamores que mudaram a história, Rosa Montero)
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Recado
Se me der um beijo eu gosto
Se me der um tapa eu brigo
Se me der um grito não calo
Se mandar calar mais eu falo
Mas se me der a mão
Claro, aperto
Se for franco, direto e aberto
Tô contigo amigo e não abro
Vamos ver o diabo de perto
Mas preste bem atenção, seu moço,
Não engulo a fruta e o caroço
Minha vida é tutano é osso
Liberdade virou prisão
Se é amor deu e recebeu
Se é suor só o meu e o teu
Verbo eu pra mim já morreu
Quem mandava em mim nem nasceu
É viver e aprender
Vá viver e entender, malandro
Vai compreender
Vá tratar de viver
E se tentar me tolher é igual
Ao fulano de tal que taí
Se é pra ir vamos juntos
Se não é já não tô nem aqui
Daniel Gonzaga
Se me der um tapa eu brigo
Se me der um grito não calo
Se mandar calar mais eu falo
Mas se me der a mão
Claro, aperto
Se for franco, direto e aberto
Tô contigo amigo e não abro
Vamos ver o diabo de perto
Mas preste bem atenção, seu moço,
Não engulo a fruta e o caroço
Minha vida é tutano é osso
Liberdade virou prisão
Se é amor deu e recebeu
Se é suor só o meu e o teu
Verbo eu pra mim já morreu
Quem mandava em mim nem nasceu
É viver e aprender
Vá viver e entender, malandro
Vai compreender
Vá tratar de viver
E se tentar me tolher é igual
Ao fulano de tal que taí
Se é pra ir vamos juntos
Se não é já não tô nem aqui
Daniel Gonzaga
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Poderosa força das águas. Inaê, Janaína, Sereia do Mar. Saravá minha Mãe Yemojà! Leva para as profundezas do teu mar sagrado. Odó Iyá... Todas as minhas desventuras e infortúnios. Traz do teu mar todas as forças espirituais para alento de nossas necessidades. Paz, esperança, Odofiabá... Saravá, minha Mãe Yemojà! Odofiabá...
(Prece à Yemojà)
(Prece à Yemojà)
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
"Eu gosto do impossível, tenho medo do provável, dou risada do ridículo, e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivos. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança que há por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade as pessoas para quem eu digo isso e, me irrito de forma inesplicável quando não botam fé em minhas palavras. Nem sempre ponho em prática aquilo que julgo certo. São poucas as pessoas para quem eu me explico."
Robert Nesta Marley
Robert Nesta Marley
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
"(...) Só preciso de alguns abraços queridos, a companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade: eu e você não acontecemos por uma relação causal, mas por uma relação de significado, que ainda estamos trabalhando."
*
"Palavras não descrevem os olhos, as bocas, os braços e abraços, nem a alegria até então desconhecida, surgida de um (re) encontro. Pra quem, há dias atrás, refletia tanto as obras do acaso, hoje compreende que realmente, o acaso não passa de um simples nada, e acredita em algo bem maior que isso. Que levará à um próximo reencontro, sem sombra de dúvidas. Mas até lá, todas as músicas cantadas estarão na mente, todos os sorrisos que ainda não acreditavam no que estava acontecendo, todos os olhares que transpareciam toda a magia do momento".
Caio Fernando Abreu
*
"Palavras não descrevem os olhos, as bocas, os braços e abraços, nem a alegria até então desconhecida, surgida de um (re) encontro. Pra quem, há dias atrás, refletia tanto as obras do acaso, hoje compreende que realmente, o acaso não passa de um simples nada, e acredita em algo bem maior que isso. Que levará à um próximo reencontro, sem sombra de dúvidas. Mas até lá, todas as músicas cantadas estarão na mente, todos os sorrisos que ainda não acreditavam no que estava acontecendo, todos os olhares que transpareciam toda a magia do momento".
Caio Fernando Abreu
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
"Os outros eu conheci por ocioso acaso.
A ti vim encontrar porque era preciso."
Guimarães Rosa
*
"Devo, entretanto, avisar que não pretendo te esquecer nem deixar você em paz. Pode correr; pode fugir; que vou em busca de você, onde estiver: Cancelarei compromissos, emendarei feriados, mas tenho certeza de que te encontrarei de novo. Nem que seja por um só segundo..."
Caio Fernando Abreu
A ti vim encontrar porque era preciso."
Guimarães Rosa
*
"Devo, entretanto, avisar que não pretendo te esquecer nem deixar você em paz. Pode correr; pode fugir; que vou em busca de você, onde estiver: Cancelarei compromissos, emendarei feriados, mas tenho certeza de que te encontrarei de novo. Nem que seja por um só segundo..."
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
A Morte não é Nada
"A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo. Me dêem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador. Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos. Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim. Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo. Sem nenhum traço de sombra ou tristeza. A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho... Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi."
Santo Agostinho
Santo Agostinho
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
"Se te pareço
noturna e imperfeita
Olha-me de novo.
Porque esta noite
Olhei-me a mim,como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é
E deslizando arpeanas,
sem nem tocar a margem.
Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra...
Olha-me de novo.
Com menos altivez.
E mais atento..."
Hilda Hilst
*
"Se eu disser que vi um pássaro
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade, em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo. E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo.
Por que não posso
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?"
(Hilda Hilst, in "Do Desejo")
noturna e imperfeita
Olha-me de novo.
Porque esta noite
Olhei-me a mim,como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse
Escapar de sua casa que é
E deslizando arpeanas,
sem nem tocar a margem.
Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra...
Olha-me de novo.
Com menos altivez.
E mais atento..."
Hilda Hilst
*
"Se eu disser que vi um pássaro
Sobre o teu sexo, deverias crer?
E se não for verdade, em nada mudará o Universo.
Se eu disser que o desejo é Eternidade
Porque o instante arde interminável
Deverias crer? E se não for verdade
Tantos o disseram que talvez possa ser.
No desejo nos vêm sofomanias, adornos
Impudência, pejo. E agora digo que há um pássaro
Voando sobre o Tejo.
Por que não posso
Pontilhar de inocência e poesia
Ossos, sangue, carne, o agora
E tudo isso em nós que se fará disforme?"
(Hilda Hilst, in "Do Desejo")
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Orixá, protetor, Deus das lutas por um ideal. Abençoai-me, dai-me forças, fé e esperança. Senhor Ogum, Deus das guerras e das demandas, livrai-me dos empecilhos e dos meus inimigos. Abençoai-me neste instante e sempre para que as forças do mal não me atinjam. Ogun-iê, Cavaleiro Andante dos caminhos que percorremos. Patacori... Ogun-iê... Ogum meu Pai, vencedor de demandas... Ogum Saravá Ogum... E que assim seja!
(Prece à Ogum)
(Prece à Ogum)
domingo, 24 de janeiro de 2010
Consolação
"O pior foi ter imaginado que eu e ele já não existíamos. Que já não fazia sentido dizer nós quando era o nós que tornava a vida possível, me dava a confiança de que eu precisava ir em frente, prosseguir no caminho ou enveredar por outro... o nós que fazia a eternidade soar sempre que eu e ele nos tocávamos e o corpo só existia para satisfazer à fantasia... para o sim, eu quero sim..."
(Consolação, Betty Milan)
(Consolação, Betty Milan)
sábado, 23 de janeiro de 2010
DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
(Mario Quintana - Espelho Mágico)
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...
(Mario Quintana - Espelho Mágico)
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Contrastes
Existe muita tristeza
Na rua da alegria
Existe muita desordem
Na rua da harmonia
Analisando essa estória
Cada vez mais me embaraço
Quanto mais longe do circo
Mais eu encontro palhaço
Cada vez mais me embaraço
Analisando essa estória
Existe muito fracasso
Dentro do largo da Glória
Analisando essa estória
Cada vez mais me embaraço
Quanto mais longe do circo
Mais eu encontro palhaço
Ismael Silva
Na rua da alegria
Existe muita desordem
Na rua da harmonia
Analisando essa estória
Cada vez mais me embaraço
Quanto mais longe do circo
Mais eu encontro palhaço
Cada vez mais me embaraço
Analisando essa estória
Existe muito fracasso
Dentro do largo da Glória
Analisando essa estória
Cada vez mais me embaraço
Quanto mais longe do circo
Mais eu encontro palhaço
Ismael Silva
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Ontem eu chorei
"A vida é mais do que aquilo que podemos ver. A vida é tangível e intangível, com esferas de energias visíveis e invisíveis."
(Ontem eu Chorei - Iyanla Vanzant)
(Ontem eu Chorei - Iyanla Vanzant)
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
"Você foi como veio, como o vento passou e me deixou... me deixou sofrimento e o vento levou a alegria, dentro de mim ficou solidão e cruel nostalgia... o nosso romance teve uma transformação, já não é amor é gamação..."
*
"...amor é tema tão falado mas ninguém seguiu ou cumpriu a grande lei, cada qual ama a si próprio, liberdade e igualdade onde estão não sei (...) cego é quem vê só aonde a vista alcança, mandei meu dicionário as favas, mudo é quem só se comunica com palavras..."
*
"...a lei existe é pra ser violentada, um coração triste é uma estrela apagada... mas sei, tenho a intuição que este amor é a perdição..."
*
"Se estais procurando distração, o romance terminou mais cedo. Peço por favor pra não brincar com meu segredo, verdadeiro amor não é brinquedo... Tente chorar no meu choro, sorrir o meu riso, sonhar no meu sonho, pensar nos meus versos, cantar no meu coro, na minha tristeza tens que ser tristonho. Avisas se estás brincando por que eu vou ficar também de brincadeira, não choro teu choro, não sonho teu sonho, não gasto seus versos, nem marco bobeira. Se quiser se destrair ligue a televisão, amor comigo não! se estás procurando distração! Eu te abri o meu peito, deixei penetrar na minha intimidade, tu conheces meu passado, a minha mentira e a minha verdade, mas estás deixando furo, não estás suportando com dignidade, eu fecho essa porta te deixo de fora, depois curto uma saudade. Se quiser se destrair ligue a televisão, amor comigo não! se estás procurando distração!"
Candeia
*
"...amor é tema tão falado mas ninguém seguiu ou cumpriu a grande lei, cada qual ama a si próprio, liberdade e igualdade onde estão não sei (...) cego é quem vê só aonde a vista alcança, mandei meu dicionário as favas, mudo é quem só se comunica com palavras..."
*
"...a lei existe é pra ser violentada, um coração triste é uma estrela apagada... mas sei, tenho a intuição que este amor é a perdição..."
*
"Se estais procurando distração, o romance terminou mais cedo. Peço por favor pra não brincar com meu segredo, verdadeiro amor não é brinquedo... Tente chorar no meu choro, sorrir o meu riso, sonhar no meu sonho, pensar nos meus versos, cantar no meu coro, na minha tristeza tens que ser tristonho. Avisas se estás brincando por que eu vou ficar também de brincadeira, não choro teu choro, não sonho teu sonho, não gasto seus versos, nem marco bobeira. Se quiser se destrair ligue a televisão, amor comigo não! se estás procurando distração! Eu te abri o meu peito, deixei penetrar na minha intimidade, tu conheces meu passado, a minha mentira e a minha verdade, mas estás deixando furo, não estás suportando com dignidade, eu fecho essa porta te deixo de fora, depois curto uma saudade. Se quiser se destrair ligue a televisão, amor comigo não! se estás procurando distração!"
Candeia
domingo, 17 de janeiro de 2010
Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado— muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
porque a poesia purifica a alma...
e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!
Mário Quintana
não falaria em Deus nem no Pecado— muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições...
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
porque a poesia purifica a alma...
e um belo poema — ainda que de Deus se aparte —
um belo poema sempre leva a Deus!
Mário Quintana
sábado, 16 de janeiro de 2010
"(...) Esse anjo louco é o leitor, que se transporta para fora de si, ocupa o lugar do outro, se torna, um pouco, esse fascinante estranho - o escritor. Há uma dose inevitável de loucura (de delírio) em qualquer leitura. O leitor se apossa da palavra alheia. Acredita que lê o outro, quando lê a si. O outro é só um caminho. Palavras não são monumentos, são estradas."
(Italo no exílio, José Castelo, Prosa & Verso, O Globo, 23-01-2010)
(Italo no exílio, José Castelo, Prosa & Verso, O Globo, 23-01-2010)
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
"Ah! Desgraçados! Um irmão é maltratado e vocês olham para o outro lado? Grita de dor o ferido e vocês ficam calados? A violência faz a ronda e escolhe a vítima, e vocês dizem: "a mim ela está poupando, vamos fingir que não estamos olhando". Mas que cidade? Que espécie de gente é essa? Quando campeia em uma cidade a injustiça,é necessário que alguem se levante. Não havendo quem se levante, é preferível que em um grande incêndio, toda cidade desapareça, antes que a noite desça."
Bertolt Brecht
Bertolt Brecht
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Bunda Dura
"Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura? Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes.(...)Sou antipático com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás, ela nem sabe o que a palavra significa... Coitada.(...)Legal mesmo é mulher de verdade!!! E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal-educada às vezes, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema). Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade."
(Arnaldo Jabor, trechos tirados do texto "Bunda Dura")
(Arnaldo Jabor, trechos tirados do texto "Bunda Dura")
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
JOSÉ
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acaboue tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocassea valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acaboue tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
incoerência,
seu ódio – e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocassea valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
"Quando me mandam para o desterro, não me consideram um indivíduo. Imaginam que comigo podem banir também as idéias políticas. Mas essa é uma impossibilidade histórica. Nunca o conseguirão. Eu, como indivíduo, não tenho qualquer significado eles. Querem banir aquilo que represento. Não me poderiam prestar maior homenagem."
Winnie Mandela
Winnie Mandela
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
"A coisa que mais odeio é a hipocresia. É a mentira da mentira."
*
"Eu já sofri bastante por causa do amor, inclusive eu já sofri em dias maravilhosos como este dia de hoje aqui... mas sofri tanto, mas tanto, que não dava nem para perceber este dia."
*
"Sou romântico, me apaixono e sofro. Tive algumas decepções amorosas tão doloridas que a dor psicológica vira dor física."
Tim Maia
*
"Eu já sofri bastante por causa do amor, inclusive eu já sofri em dias maravilhosos como este dia de hoje aqui... mas sofri tanto, mas tanto, que não dava nem para perceber este dia."
*
"Sou romântico, me apaixono e sofro. Tive algumas decepções amorosas tão doloridas que a dor psicológica vira dor física."
Tim Maia
sábado, 9 de janeiro de 2010
Pequenas Epifanias
"Meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. Ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. Rouco, louco."
(Pequenas Epifanias, Caio F. Abreu)
(Pequenas Epifanias, Caio F. Abreu)
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
EMBREAGAI-VOS
Deve- se estar sempre bêbado.
É a única questão.
A fim de não se sentir o fardo horrível do tempo,
que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra.
É preciso te embriagares sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude?
A teu gosto, mas embriaga-te.
E se alguma vez sobre os degraus de um palácio,
sobre a verde relva de uma vala,
na sombria solidão de teu quarto,
tu te encontrares com a embriaguez já minorada ou finda,
peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa,
a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme.
Pergunte que horas são.
E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio, te responderão.
É hora de se embriagar!
Para não ser como os escravos martirizados pelo tempo, embriaga-te.
Embriaga-te sem cessar.
De vinho, de poesia ou de virtude.
A teu gosto.
Charles Baudelaire
É a única questão.
A fim de não se sentir o fardo horrível do tempo,
que parte tuas espáduas e te dobra sobre a terra.
É preciso te embriagares sem trégua.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude?
A teu gosto, mas embriaga-te.
E se alguma vez sobre os degraus de um palácio,
sobre a verde relva de uma vala,
na sombria solidão de teu quarto,
tu te encontrares com a embriaguez já minorada ou finda,
peça ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo aquilo que gira, a tudo aquilo que voa,
a tudo aquilo que canta, a tudo aquilo que fala, a tudo aquilo que geme.
Pergunte que horas são.
E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio, te responderão.
É hora de se embriagar!
Para não ser como os escravos martirizados pelo tempo, embriaga-te.
Embriaga-te sem cessar.
De vinho, de poesia ou de virtude.
A teu gosto.
Charles Baudelaire
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Experimentar o experimental.
fala da favela.
O nódulo decisivo nunca deixou de ser o ânimo de
plasmar uma linguagem convite para uma viagem.
E agora? Quer dizer e que eu sou?
(...)
A memória é uma ilha de edição.
Nasci sob um teto sossegado.
Meu sonho era um pequenino sonho meu.
Nas ciências dos cuidados fui treinado.
Agora entre meu ser e o ser alheioa linha de fronteiras se rompeu.
Câmara de éter.
Eu tenho o pé no chão porque sou virgem,
mas a cabeça gosto que avoe.
Waly Dias Salomão
fala da favela.
O nódulo decisivo nunca deixou de ser o ânimo de
plasmar uma linguagem convite para uma viagem.
E agora? Quer dizer e que eu sou?
(...)
A memória é uma ilha de edição.
Nasci sob um teto sossegado.
Meu sonho era um pequenino sonho meu.
Nas ciências dos cuidados fui treinado.
Agora entre meu ser e o ser alheioa linha de fronteiras se rompeu.
Câmara de éter.
Eu tenho o pé no chão porque sou virgem,
mas a cabeça gosto que avoe.
Waly Dias Salomão
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
Seria tão diferente.., se os sonhos de que a gente gosta não terminassem tão de repente.. Seria tão diferente.. se os bons momentos da vida durassem eternamente.. Seria tão diferente… se a gente de que a gente gosta gostasse um pouco da gente.. Seria tão diferente.. se quando a gente chorasse, fosse só de contente.. Seria tão diferente.. se a gente que a gente ama sentisse o que a gente sente.. Mas… é tudo tão diferente..! Os sonhos de que a gente gosta terminam tão de repente.. Os bons momentos da vida não duram eternamente.. A gente de que a gente gosta nem sempre gosta da gente.. Das vezes que a gente chora, poucas vezes são de contente.. E a gente que a gente ama não sente o mesmo que a gente.. Mas… poderia ser tão diferente..!
(http://www.pensamentoslucena.com/)
(http://www.pensamentoslucena.com/)
sábado, 2 de janeiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
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