"Já que a paixão permanece incrustada no imaginário, é uma fantasia, uma alucinação, na qual a pessoa amada é apenas uma desculpa que nos damos para alcançar a emoção extrema de apaixonar-se. Na realidade, pouco importa quem amamos: por isso podemos repetir uma e outra vez o mesmo paroxismo. Como diz Santo Agostinho, o apaixonado ama é o amor. Uma droga muito bonita, evidentemente; mas a vida autêntica e miúda começa justamente onde o conto termina. Mais além do "foram felizes para sempre."
(Paixões - amores e desamores que mudaram a história, Rosa Montero)
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